História

A origem do Grupo Lobo resultou da necessidade de aprofundar o estudo e divulgar informação correta sobre o lobo, um predador desconhecido para a maioria das pessoas, e que sempre esteve associado a algo demoníaco. Criado em 1985 por um conjunto de pessoas preocupadas com esta questão e também com a situação da população lupina em Portugal, destacam-se Francisco Petrucci-Fonseca e Robert Lyle, como impulsionadores desta iniciativa. Outros membros da sociedade civil e da academia, nacionais e estrangeiros, foram-se juntando ao Grupo Lobo e a sua atuação foi crescendo e gerando impacto a nível nacional e internacional. Exemplo disso são as várias distinções atribuídas, as colaborações realizadas e as que desenvolve no presente.

O Grupo Lobo colaborou na elaboração da Lei de Protecção ao Lobo Ibérico, Lei n.º 90/88 de 13 de agosto, que lhe confere o estatuto de espécie estritamente protegida em Portugal, e colaborou na revisão do Decreto-Lei n.º 139/90, de 27 de abril, agora revogado pelo Decreto-Lei n.º 54/2016, de 25 de agosto de 2016. Adicionalmente tem colaborado nos processos de elaboração e revisão dos Livros Vermelhos dos Vertebrados de Portugal, cuja última revisão foi efetuada em 2005 e onde o lobo se encontra classificado como EM PERIGO. Mais recentemente, participou na elaboração do Plano de Ação de Conservação do Lobo-ibérico (PACLobo), promovido pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF). O Grupo Lobo é também uma das organizações não-governamentais de ambiente fundadoras do Programa Antídoto – Portugal, uma plataforma contra o uso ilegal de venenos, constituída por várias entidades públicas e privadas, em 2004.